CeramicACB
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terça-feira, 24 de junho de 2014
terça-feira, 21 de agosto de 2012
POdemos marcar encontro daqui a alguns anos e ver no que deu isto de Design Loves Alcobaça?? O sucesso nao vem de boas ideias, mas de quem sabe implementar boas ideias, não me parece vir a ser o caso...
‘Design Loves Alcobaça’ foi um projecto que tomei conhecimento há uns dias. Um dos muitos projectos existentes, a ideia claro parece me bastante boa e simpática a todos os que possam estar interessados em participar e o objectivo é por si claramente nobre, ao tentar promover artigos locais e design local.
Contudo, ao reflectir um pouco, dei comigo a ir de encontro um pouco ao que escrevi há uns anos num Jornal local, parece me que andamos sempre um bocadinho atrás no tempo em relaçao aos outros. Os proprios responsáveis pelo projecto dizem que não é algo novo, que remonta ao início da década de 90, a ideia de criar design e o associar a artigos fabricados a nível nacional e local, em conjunto divulgá los e promover em conjunto internacionalmente as empresas. Se por alguma razao este projecto nao avançou, foi porque encontrou obstaculos de diversas naturezas, eis importante reflectir porque, pois delas podemos retirar liçoes. Chega a ser um pouco perverso, tentar colocar em prática ideias surgidas ha mais de 10 anos e pegar nelas como se fossem a coisa mais inovadora do Mundo !
Este tipo de projectos proliferou um pouco por todo o Mundo, nalguns casos com maior ou menor sucesso, dependendo da estratégia utilizada. Mesmo a nível nacional, há empresas privadas a desenvolver o fim ultimo deste projecto há diversos anos, nalguns casos, como digo, com maior ou menor sucesso, dependendo da estratégia utilizada. Infelizmente, neste caso ultimo, a nível nacional, grande parte com menor sucesso.
Muitos dos projectos nacionais existentes de apoio a internacionalizaçao, quer ao nivel governamental, quer associativo, sao a meu ver, bons de conceito, de nada dotados de estratégia para o fim ultimo a que se destinam. Pior, desenvolvidos por quem nao sabe nada de nada de internacionalizaçao de empresas, de realidade comercial internacional e de marketing. Que nao conhece canais de mercado e produtos alvo. Enfim, muito poderia enumerar para o fracasso destes programas, mas nao é a esse fim que se destina esta minha pequena reflexao. A seu tempo, poderei pronunciar me sobre isso.
‘Design Loves Alcobaça’ fez me de imediato relembrar um exemplo que acompanhei de perto há um par de anos atrés em Shanghai. No âmbito de um programa de internacionalizaçao de empresas , vi uma empresa nacional, distinguida com um prémio internacional de design, ser apoioada a nível logístico e financeiro na sua deslocaçao a um certame internacional do sector. Esta empresa faz há alguns anos, precisamente o que o Design Loves Alcobaça procura fazer. Cria design e aplica a materiais fabricados a nível nacional.
Os objectos apresentados eram realmente bastante inovadores, sobretudo porque davam utilidade a materiais que julgamos serem apropriados para fins diferentes, isto aliado a um design super moderno e inovador. A minha peça preferida na altura, fora um lavatório de maos, para WC, em cortiça prensada. Eu pensei, isto é realmente fantástico e fiquei contente por uma empresa nacional se poder demarcar de tal forma numa exposiçao.
Chegamos entao ao ponto onde quero chegar, somos realmente bons, sabemos mostrar nos e temos produto. Sabemos distinguir nos a nível internacional, coisa que nao sabiamos fazer ha 10 anos atras. Temos orgulho neste momento e brio a fazer as coisas. Continuamos com um problema, nao sabemos impor nos!!
Eis o problema, podemos todos organizar nos da forma que quisermos, que quando chegamos lá fora, somos que nem peixes fora de água. Tal qual como no tempo dos descobrimentos, soubemos chegar a terras distantes através da » Respublica Christiana », descobrimos metade do Mundo, mas nao o soubemos manter.
Ha algumas justificaçoes para isso também, que decorrem de muitos factores, mas sobretudo porque nao nos dotamos de pessoas que o saibam fazer.
Assim como nos descobrimentos , deixámos que fossem os amigos do rei nomeados para governadores locais da colonias, que procuravam luxos ; assim nos deixamos pessoas nulas gerir os fundos comunitarios para apoio de internacionalizaçao, assim nos rodeamos de pessoas nas associaçoes comerciais e empresariais e autarquias. Nós damos a linha da frente do nosso sucesso a quem infelizmente nao é dotado de saber, nem de preparaçao para o efeito. Nao digo que nao sejam esforçados, mas esforço nao é sinónimo de eficiencia.
Voltando ao ‘Design Loves Alcobaça’, parece me que enfrentará 10 anos depois obstáculos diferentes. Podemos ter desing criado, até com poucos custos, mas que empresas estarao preparadas para investir no desenvolvimento de peças sem retorno imeadiato garantido.
Porque tudo tem um custo, nao se cria de graça. Nao basta desenvolver 10 artigos promocionais a Alcobaça, oriundos de fabricantes Alcobacenses. Por exemplo, por um artigo de ceramica ( falo em ceramica porque me é mais familiar), a que seja adicionado um design, tem que ser feito um investimento em moldes. A ceramica industrial nao é criada manualmente, um prato nao se faz a mao, ou uma caneca. Para ter um objecto físico para divulgar, é preciso um molde. Um molde custa centenas de euros. Ora, um artigo em ceramic nao basta, precisamos de 100 artigos, para ter a possibilidade de vender 10 artigos. Em 100 peças apresentadas, apenas 10 peças venderao. Acham mesmo que os empresarios locais alcobacenses vai poder suportar esse esforço financeiro ? Porque isto é um investimento de retorno a medio, longo prazo, nao é imediato e todos sabemos como as empresas estao descapitalizadas. O mesmo se passa com o vidro e outros materiais, os custos de desenvolvimento sao enormes, exige um esforço financeiro enorme. Noutras areas, de artesaos, pergunto me como podem pensar em internacionalizar, se depois nao há capacidade de resposta.
Depois, mesmo que tivessemos artigos disponíveis, há muitas questoes em aberto, quem conduzirá a estrategia deste projecto, de que pessoas se vao rodear, a que nivel sera o apoio financeiro e sobretudo da autarquia ? Esse investimento será ao nível de instalaçoes e despesas de logistica para certames internacionais, como ha anos se faz ? Será para nos saber fazer chegar lá fora apenas como tenho relatado ? Ou será de uma vez por todas para saber is buscar pessoas que saibam fazer nos mostrar e impor o nosso valor lá fora ? Que saibam fazer transpor este investimento em lucro de uma vez por todas. É que eu receio ver este projecto cair como tantos outros, onde a autarquia de alcobaça gasta dinheiro, nos da visibilidade pour duas semanas, mas que lucro para as empresas, é zero. Sao estas que necessitam ser apoioadas, para desenvolvimento do concelho. É que infelizmente, estas empresazs ainda nao podem pagar os salaries com visibilidade, com notoriedade ou com exposiçoes catitas na ala sul do Mosteiro de Alcobaça!!
Contudo, ao reflectir um pouco, dei comigo a ir de encontro um pouco ao que escrevi há uns anos num Jornal local, parece me que andamos sempre um bocadinho atrás no tempo em relaçao aos outros. Os proprios responsáveis pelo projecto dizem que não é algo novo, que remonta ao início da década de 90, a ideia de criar design e o associar a artigos fabricados a nível nacional e local, em conjunto divulgá los e promover em conjunto internacionalmente as empresas. Se por alguma razao este projecto nao avançou, foi porque encontrou obstaculos de diversas naturezas, eis importante reflectir porque, pois delas podemos retirar liçoes. Chega a ser um pouco perverso, tentar colocar em prática ideias surgidas ha mais de 10 anos e pegar nelas como se fossem a coisa mais inovadora do Mundo !
Este tipo de projectos proliferou um pouco por todo o Mundo, nalguns casos com maior ou menor sucesso, dependendo da estratégia utilizada. Mesmo a nível nacional, há empresas privadas a desenvolver o fim ultimo deste projecto há diversos anos, nalguns casos, como digo, com maior ou menor sucesso, dependendo da estratégia utilizada. Infelizmente, neste caso ultimo, a nível nacional, grande parte com menor sucesso.
Muitos dos projectos nacionais existentes de apoio a internacionalizaçao, quer ao nivel governamental, quer associativo, sao a meu ver, bons de conceito, de nada dotados de estratégia para o fim ultimo a que se destinam. Pior, desenvolvidos por quem nao sabe nada de nada de internacionalizaçao de empresas, de realidade comercial internacional e de marketing. Que nao conhece canais de mercado e produtos alvo. Enfim, muito poderia enumerar para o fracasso destes programas, mas nao é a esse fim que se destina esta minha pequena reflexao. A seu tempo, poderei pronunciar me sobre isso.
‘Design Loves Alcobaça’ fez me de imediato relembrar um exemplo que acompanhei de perto há um par de anos atrés em Shanghai. No âmbito de um programa de internacionalizaçao de empresas , vi uma empresa nacional, distinguida com um prémio internacional de design, ser apoioada a nível logístico e financeiro na sua deslocaçao a um certame internacional do sector. Esta empresa faz há alguns anos, precisamente o que o Design Loves Alcobaça procura fazer. Cria design e aplica a materiais fabricados a nível nacional.
Os objectos apresentados eram realmente bastante inovadores, sobretudo porque davam utilidade a materiais que julgamos serem apropriados para fins diferentes, isto aliado a um design super moderno e inovador. A minha peça preferida na altura, fora um lavatório de maos, para WC, em cortiça prensada. Eu pensei, isto é realmente fantástico e fiquei contente por uma empresa nacional se poder demarcar de tal forma numa exposiçao.
Chegamos entao ao ponto onde quero chegar, somos realmente bons, sabemos mostrar nos e temos produto. Sabemos distinguir nos a nível internacional, coisa que nao sabiamos fazer ha 10 anos atras. Temos orgulho neste momento e brio a fazer as coisas. Continuamos com um problema, nao sabemos impor nos!!
Eis o problema, podemos todos organizar nos da forma que quisermos, que quando chegamos lá fora, somos que nem peixes fora de água. Tal qual como no tempo dos descobrimentos, soubemos chegar a terras distantes através da » Respublica Christiana », descobrimos metade do Mundo, mas nao o soubemos manter.
Ha algumas justificaçoes para isso também, que decorrem de muitos factores, mas sobretudo porque nao nos dotamos de pessoas que o saibam fazer.
Assim como nos descobrimentos , deixámos que fossem os amigos do rei nomeados para governadores locais da colonias, que procuravam luxos ; assim nos deixamos pessoas nulas gerir os fundos comunitarios para apoio de internacionalizaçao, assim nos rodeamos de pessoas nas associaçoes comerciais e empresariais e autarquias. Nós damos a linha da frente do nosso sucesso a quem infelizmente nao é dotado de saber, nem de preparaçao para o efeito. Nao digo que nao sejam esforçados, mas esforço nao é sinónimo de eficiencia.
Voltando ao ‘Design Loves Alcobaça’, parece me que enfrentará 10 anos depois obstáculos diferentes. Podemos ter desing criado, até com poucos custos, mas que empresas estarao preparadas para investir no desenvolvimento de peças sem retorno imeadiato garantido.
Porque tudo tem um custo, nao se cria de graça. Nao basta desenvolver 10 artigos promocionais a Alcobaça, oriundos de fabricantes Alcobacenses. Por exemplo, por um artigo de ceramica ( falo em ceramica porque me é mais familiar), a que seja adicionado um design, tem que ser feito um investimento em moldes. A ceramica industrial nao é criada manualmente, um prato nao se faz a mao, ou uma caneca. Para ter um objecto físico para divulgar, é preciso um molde. Um molde custa centenas de euros. Ora, um artigo em ceramic nao basta, precisamos de 100 artigos, para ter a possibilidade de vender 10 artigos. Em 100 peças apresentadas, apenas 10 peças venderao. Acham mesmo que os empresarios locais alcobacenses vai poder suportar esse esforço financeiro ? Porque isto é um investimento de retorno a medio, longo prazo, nao é imediato e todos sabemos como as empresas estao descapitalizadas. O mesmo se passa com o vidro e outros materiais, os custos de desenvolvimento sao enormes, exige um esforço financeiro enorme. Noutras areas, de artesaos, pergunto me como podem pensar em internacionalizar, se depois nao há capacidade de resposta.
Depois, mesmo que tivessemos artigos disponíveis, há muitas questoes em aberto, quem conduzirá a estrategia deste projecto, de que pessoas se vao rodear, a que nivel sera o apoio financeiro e sobretudo da autarquia ? Esse investimento será ao nível de instalaçoes e despesas de logistica para certames internacionais, como ha anos se faz ? Será para nos saber fazer chegar lá fora apenas como tenho relatado ? Ou será de uma vez por todas para saber is buscar pessoas que saibam fazer nos mostrar e impor o nosso valor lá fora ? Que saibam fazer transpor este investimento em lucro de uma vez por todas. É que eu receio ver este projecto cair como tantos outros, onde a autarquia de alcobaça gasta dinheiro, nos da visibilidade pour duas semanas, mas que lucro para as empresas, é zero. Sao estas que necessitam ser apoioadas, para desenvolvimento do concelho. É que infelizmente, estas empresazs ainda nao podem pagar os salaries com visibilidade, com notoriedade ou com exposiçoes catitas na ala sul do Mosteiro de Alcobaça!!
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
"Design Loves Alcobaça", que projecto??
‘Design Loves Alcobaça’ foi um
projecto que tomei conhecimento há uns dias.
Um dos muitos projectos existentes, a ideia claro parece me bastante boa
e simpática a todos os que possam estar interessados em participar e o objectivo
é por si claramente nobre, ao tentar promover artigos locais e design local.
Contudo, ao reflectir um pouco,
dei comigo a ir de encontro um pouco ao que escrevi há uns anos num Jornal
local, parece me que andamos sempre um bocadinho atrás no tempo em relaçao aos
outros. Os proprios responsáveis pelo projecto dizem que não é algo novo, que
remonta ao início da década de 90, a ideia de criar design e o associar a
artigos fabricados a nível nacional e local, em conjunto divulgá los e promover
em conjunto internacionalmente as
empresas. Se por alguma razao este projecto nao avançou, foi porque encontrou
obstaculos de diversas naturezas, eis importante reflectir porque, pois delas
podemos retirar liçoes. Chega a ser um
pouco perverso, tentar colocar em prática ideias surgidas ha mais de 10 anos e
pegar nelas como se fossem a coisa mais inovadora do Mundo !
Este tipo de projectos proliferou
um pouco por todo o Mundo, nalguns casos com maior ou menor sucesso, dependendo
da estratégia utilizada. Mesmo
a nível nacional, há empresas privadas a desenvolver o fim ultimo deste
projecto há diversos anos, nalguns casos, como digo, com maior ou menor
sucesso, dependendo da estratégia utilizada. Infelizmente, neste caso
ultimo, a nível nacional, grande parte com menor sucesso.
Muitos dos projectos nacionais existentes
de apoio a internacionalizaçao, quer ao nivel governamental, quer associativo,
sao a meu ver, bons de conceito, de nada dotados de estratégia para o fim
ultimo a que se destinam. Pior, desenvolvidos por quem nao sabe nada de nada de
internacionalizaçao de empresas, de realidade comercial internacional e de
marketing. Que nao conhece canais de mercado
e produtos alvo. Enfim, muito poderia enumerar para o fracasso destes
programas, mas nao é a esse fim que se destina esta minha pequena reflexao. A
seu tempo, poderei pronunciar me sobre isso.
‘Design Loves Alcobaça’ fez me de
imediato relembrar um exemplo que acompanhei de perto há um par de anos atrés
em Shanghai. No âmbito de um programa de internacionalizaçao de empresas , vi
uma empresa nacional, distinguida com um prémio internacional de design, ser
apoioada a nível logístico e financeiro na sua deslocaçao a um certame
internacional do sector. Esta empresa faz há alguns anos, precisamente o que o
Design Loves Alcobaça procura fazer. Cria design e aplica a materiais
fabricados a nível nacional.
Os objectos apresentados eram
realmente bastante inovadores, sobretudo porque davam utilidade a materiais que
julgamos serem apropriados para fins diferentes, isto aliado a um design super
moderno e inovador. A minha peça preferida na altura, fora um lavatório de
maos, para WC, em cortiça prensada. Eu pensei, isto é realmente fantástico e
fiquei contente por uma empresa nacional se poder demarcar de tal forma numa
exposiçao.
Chegamos entao ao ponto onde
quero chegar, somos realmente bons, sabemos mostrar nos e temos produto.
Sabemos distinguir nos a nível internacional, coisa que nao sabiamos fazer ha
10 anos atras. Temos orgulho
neste momento e brio a fazer as coisas. Continuamos com um problema, nao
sabemos impor nos!!
Eis o problema, podemos todos organizar
nos da forma que quisermos, que quando chegamos lá fora, somos que nem peixes
fora de água. Tal qual como no tempo dos
descobrimentos, soubemos chegar a terras distantes através da » Respublica
Christiana », descobrimos metade do Mundo, mas nao o soubemos manter.
Ha algumas justificaçoes para
isso também, que decorrem de muitos factores, mas sobretudo porque nao nos
dotamos de pessoas que o saibam fazer.
Assim como nos descobrimentos ,
deixámos que fossem os amigos do rei nomeados para governadores locais da
colonias, que procuravam luxos ; assim nos deixamos pessoas nulas gerir os
fundos comunitarios para apoio de internacionalizaçao, assim nos rodeamos de
pessoas nas associaçoes comerciais e empresariais e autarquias. Nós damos a
linha da frente do nosso sucesso a quem infelizmente nao é dotado de saber, nem
de preparaçao para o efeito. Nao digo que nao sejam esforçados, mas esforço nao
é sinónimo de eficiencia.
Voltando ao ‘Design Loves
Alcobaça’, parece me que enfrentará 10 anos depois obstáculos diferentes. Podemos ter desing criado, até com
poucos custos, mas que empresas estarao preparadas para investir no
desenvolvimento de peças sem retorno imeadiato garantido.
Porque tudo tem um custo, nao se
cria de graça. Nao basta desenvolver 10 artigos promocionais a Alcobaça,
oriundos de fabricantes Alcobacenses. Por exemplo, por um artigo de ceramica (
falo em ceramica porque me é mais familiar), a que seja adicionado um design,
tem que ser feito um investimento em moldes. A ceramica industrial nao é criada
manualmente, um prato nao se faz a mao, ou uma caneca. Para ter um objecto físico para divulgar, é
preciso um molde. Um molde custa centenas de euros. Ora, um artigo em ceramic
nao basta, precisamos de 100 artigos, para ter a possibilidade de vender 10
artigos. Em 100 peças apresentadas,
apenas 10 peças venderao. Acham mesmo que os empresarios locais alcobacenses
vai poder suportar esse esforço financeiro ? Porque isto é um investimento de retorno a
medio, longo prazo, nao é imediato e todos sabemos como as empresas estao
descapitalizadas. O mesmo se passa com o vidro e outros materiais, os custos de
desenvolvimento sao enormes, exige um esforço financeiro enorme. Noutras
areas, de artesaos, pergunto me como podem pensar em internacionalizar, se
depois nao há capacidade de resposta.
Depois, mesmo que tivessemos
artigos disponíveis, há muitas questoes em aberto, quem conduzirá a estrategia
deste projecto, de que pessoas se vao rodear, a que nivel sera o apoio
financeiro e sobretudo da autarquia ? Esse investimento será ao nível de
instalaçoes e despesas de logistica para certames internacionais, como ha anos
se faz ? Será para nos saber fazer chegar lá fora apenas como tenho
relatado ? Ou será de uma vez por todas para saber is buscar pessoas que
saibam fazer nos mostrar e impor o nosso valor lá fora ? Que saibam fazer
transpor este investimento em lucro de uma vez por todas. É que eu receio ver
este projecto cair como tantos outros, onde a autarquia de alcobaça gasta
dinheiro, nos da visibilidade pour duas semanas, mas que lucro para as
empresas, é zero. Sao estas
que necessitam ser apoioadas, para desenvolvimento do concelho. É que
infelizmente, estas empresazs ainda nao podem pagar os salaries com
visibilidade, com notoriedade ou com exposiçoes catitas na ala sul do Mosteiro
de Alcobaça!!
segunda-feira, 19 de março de 2012
sábado, 21 de maio de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
"Tudo o que existe pode ser modificado, o que não existe oferece possibilidades infinitas"
Retirado de um estudo "Cerâmica em Portugal e em Alcobaça", elaborado pelo Dr Alberto Silva ( International Ceramic Consultant ) e nosso conterrâneo.
Há futuro para a indústria cerâmica em Portugal?
A resposta é positiva para as indústrias de capital intensivo, altamente mecanizadas, com elevada qualidade técnica, e constante actualização de “ design”. Estas empresas tem adequada dimensão em recursos humanos e também os seus departamentos de marketing estão devidamente organizados. Sofrem forte concorrência de empresas do médio e extremo oriente, mas tem resistido e creio que continuarão a resistir; aliás as últimas boas notícias informam que vai ser aplicada pela EU uma taxa de importação no valor de 35% para pavimentos e revestimentos importados da República Popular da China. E em Alcobaça, o que vai passar-se com a ainda existente produção de faiança? Há ainda esperança de manutenção em funcionamento de algumas unidades de produção desde que: · Se proceda a uma reindustrialização na area da cerâmica; isto é que se introduza uma componente de gestão total na mencionada indústria. · Que se adaptem projectos de inovação, com procura de novos produtos, novos acabamentos, novos processos. · Que se reduzam ao mínimo as perdas de produção por refugos e quebras. · Que se poupe e recupere tudo o que pode ser recuperável: pasta, vidro, corantes, energia. · Que seja utilizada a colaboração de designers de equipamento; que sob orientação da gestão estes designers procurem complementaridade noutras indústrias: mobiliário, textil, vidro, etc. · Um designer de equipamento tem que saber vestir e ornamentar uma casa: a cerâmica faz parte integrante desse trabalho, enquanto utilitaria ou simplesmente decorativa. Quando leccionei a disciplina de cerâmica para designers no IADE (Instituto de arte e Design de Equipamentos), sempre deixei aos meus alunos a seguinte nota final: “tudo o que existe pode ser modificado; o que não existe oferece possibilidades infinitas”. · É necessário que a gestão tome a seu cargo o departamento de “marketing”. · A empresa deve estabelecer laços de conhecimento e amizade com os seus clientes; cada cliente deve serum amigo da empresa; o cliente é o melhor activo da empresa. · Cada empresa deve ter a sua página na WEB; e porque não um departamento de venda directa pela internet? · Não recomendamos a participação em catálogos generalistas; cada empresa promove-se melhor com uma mostra completa dos seus produtos presentes e passados num simples C.D. ou D.V.D; com muito menor custo, e de fácil alteração. · Modelos e decorações antigas podem e devem fazer parte desse modo de apresentação; a cerâmica é parte integrante da moda e como tal tem por vezes recuperações imprevistas. Além de tudo o que dissemos propomos a realização de um estudo “ benchmarking” que ncomplemente a análise SWOT entretanto realisada. Só este estudo permitirá à comunidade cerâmica saber exactamente o que se passa em todos os aspectos os concorrentes individuais nos vários países sejam eles China, Tailândia, Vietnam, Turquia, etc. Saber quais os seus pontos fortes, os seus pontos fracos, as suas vantagens e desvantagens, e como nos posicionamos relativamente aos mesmos. Lamento que em dois dias de tão importantes jornadas para a cerâmica em Alcobaça tenha sido reduzido o número de empresas cerâmicas presentes. Aqui deixo a todas as Empresas de Indústria Cerâmica de Alcobaça ainda resistentes, os sinceros votos de um futuro mais brilhante e promissor.
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